domingo, 23 de janeiro de 2011

A PERSEGUIÇAO AOS CRISTOES

Perseguição aos cristãos é o nome dado aos maus tratos físicos ou psicológicos, incluindo agressões e mortes sofridas por cristãos por causa da sua na pregação de Jesus. Estas perseguições foram levadas a cabo na Antiguidade não somente pelos judeus, de cuja religião o Cristianismo era visto como uma ramificação, mas também pelos imperadores do Império Romano, que controlava grande parte das terras onde o Cristianismo primitivo se distribuiu, e onde era considerado uma seita. Tal perseguição pelos imperadores teve fim com a legalização da religião cristã por Constantino I, no início do século IV.

Perseguição aos cristãos

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Uma mulher cristã é martirizada sob Nero numa recriação do mito de Dirce (pintado por Henryk Siemiradzki, 1897, Museu Nacional de Varsóvia).

Perseguição aos cristãos é o nome dado aos maus tratos físicos ou psicológicos, incluindo agressões e mortes sofridas por cristãos por causa da sua na pregação de Jesus. Estas perseguições foram levadas a cabo na Antiguidade não somente pelos judeus, de cuja religião o Cristianismo era visto como uma ramificação, mas também pelos imperadores do Império Romano, que controlava grande parte das terras onde o Cristianismo primitivo se distribuiu, e onde era considerado uma seita. Tal perseguição pelos imperadores teve fim com a legalização da religião cristã por Constantino I, no início do século IV.

Nos últimos séculos, os cristãos foram perseguidos por outros grupos religiosos, incluindo muçulmanos e hindus, e por Estados ateístas como a União Soviética e a República Popular da China.

Índice

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[editar] Perseguição judaica

O Novo Testamento informa que os cristãos primitivos sofreram perseguição nas mãos das lideranças judaicas de seu tempo, começando pelo próprio Jesus Cristo.

Os primeiros cristãos nasceram e se desenvolveram sob o judaísmo, na medida em que o cristianismo começa como uma seita do judaísmo. As primeiras perseguições judaicas aos cristãos devem ser entendidas, então, como um conflito sectário – judeus perseguindo judeus por causa da heterodoxia. Várias outras seitas judaicas da época, no entanto, como os essênios, foram tão heterodoxas quanto a seita cristã.

De acordo com os textos do Novo Testamento, a perseguição aos seguidores de Jesus continuou após a sua morte. Pedro e João foram presos por lideranças judaicas, incluindo o sumo-sacerdote Anás, que os libertou mais tarde (Atos 4.1-21). Numa outra ocasião, todos os apóstolos foram presos pelo sumo-sacerdote e outros saduceus, mas, segundo o relato neotestamentário, teriam sido libertados por um anjo (Atos 5.17,18). Após escaparem, os apóstolos foram novamente pegos pelo Sinédrio, mas, desta vez, Gamaliel – um fariseu bem conhecido da literatura rabínica – convenceu o concílio a libertá-los (Atos 5.27-40).

No século VI Dhu Nwas, rei judeu do Himyar (no Yemen), moveu um massacre contra os cristãos da península Arábica em 518 (ou 523) d.C., destruindo as cidades cristãs de Zafar e Najaran e queimando suas igrejas e matando quem não renunciasse ao cristianismo. O evento diminuiu consideravelmente a população cristã na região, perecendo talvez 20 mil pessoas [1] e foi lembrada na época de Maomé, sendo referida no Alcorão (al-Buruj:4).

[editar] Perseguição romana

[editar] Perseguições narradas no Novo Testamento

De acordo com o Novo Testamento, a crucificação de Jesus foi autorizada por autoridades romanas e executada por soldados romanos. Há também o registro de que Paulo, em suas viagens missionárias, foi várias vezes preso por autoridades romanas. O texto do Novo Testamento não relata o que aconteceu com Paulo, mas a tradição cristã afirma ter sido ele decapitado em Roma, sob o Imperador Nero no ano de 64

[editar] Perseguição sob o Império Romano

[editar] Perseguição sob Nero, 64-68

Cristãos sendo usados como tochas humanas, na perseguição sob Nero, por Henryk Siemiradzki, Museu Nacional, Cracóvia, Polônia, 1876.

O primeiro caso documentado de perseguição aos cristãos pelo Império Romano relaciona-se a Nero. Em 64, houve um grande incêndio em Roma, destruindo grandes partes da cidade e devastando economicamente a população romana. Nero, cuja sanidade já há muito tempo havia sido posta em questão, era o suspeito de ter intencionalmente ateado fogo. Em seus Annales, Tácito afirma que “para se ver livre do boato, Nero prendeu os culpados e infligiu as mais requintadas torturas em uma classe odiada por suas abominações, chamada cristãos pelo populacho”[2].

Ao associar os cristãos ao terrível incêndio, Nero aumentou ainda mais a suspeita pública já existente e, pode-se dizer, exacerbou as hostilidades contra eles por todo o Império Romano. As formas de execução utilizadas pelos romanos incluíam crucificação e lançamento de cristãos para serem devorados por leões e outras feras selvagens. Os Annales de Tácito informam: “... uma grande multidão foi condenada não apenas pelo crime de incêndio mas por ódio contra a raça humana. E, em suas mortes, eles foram feitos objetos de esporte, pois foram amarrados nos esconderijos de bestas selvagens e feitos em pedaços por cães, ou cravados em cruzes, ou incendiados, e, ao fim do dia, eram queimados para servirem de luz noturna”.[3]

[editar] Perseguição até o início do quarto século

Em meados do século II, não era difícil encontrar grupos tentando apedrejar os cristãos, incentivados, muitas vezes, por seitas rivais. A perseguição em Lyon foi precedida por uma turba violenta que pilhava e apedrejava casas cristãs[4]. Luciano de Samósata fala-nos de um elaborado e bem-sucedido embuste perpetrado por um “profeta” de Asclepius, no Ponto, fazendo uso de uma cobra domesticada. Quando os rumores estavam por desmascarar sua fraude, o espirituoso ensaísta nos informa, sarcasticamente:

ele promulgou um edito com o objetivo de assusta-los, dizendo que o Ponto estava cheio de ateus e cristãos que tinham a audácia de pronunciar os mais vis perjúrios sobre ele; a estes, ele os expulsaria com pedras, se quisessem ter seu deus gracioso.[5]

As perseguições estatais seguintes foram inconstantes até o terceiro século, apesar do Apologeticum de Tertuliano (197) ter sido escrito ostensivamente em defesa de cristãos perseguidos e dirigido aos governantes romanos.

A primeira perseguição que envolveu todo o território imperial aconteceu sob o governo de Maximino, apesar do fato de que apenas o clero tenha sido visado. Foi somente sob Décio, em meados do segundo século, que a perseguição generalizada – tanto ao clero quanto aos leigos – tomou lugar em toda a extensão do Império. Gregório de Tours trata deste tema em sua História dos Francos, escrita no final do século VI:

“Sob o imperador Décio, muitas perseguições se levantaram contra o nome de Cristo, e houve tamanha carnificina de fiéis que eles não podiam ser contados. Bábilas, bispo de Antioquia, com seus três filhos pequenos, Urbano, Prilidan e Epolon, e Sisto, bispo de Roma, Laurêncio, um arqui-diácono, e Hipólito tornaram-se perfeitos pelo martírio porque confessaram o nome do Senhor.”[6]

Apesar de confundir as épocas de perseguição (pois menciona, ao mesmo tempo, personagens que foram martirizados sob Maximino, Valeriano e Décio), o testemunho de Gregório mostra o quanto o tema da perseguição marcou o imaginário da Igreja nos primeiros séculos.

A última prece dos mártires cristãos, de Jean-Léon Gérôme (1883).

O clímax da perseguição se deu sob o governo de Diocleciano e Galério, no final do século terceiro e início do quarto. Esta é considerada a maior de todas as perseguições. Iniciando com uma série de quatro editos proibindo certas práticas cristãs e uma ordem de prisão do clero, a perseguição se intensificou até que se ordenasse a todos os cristãos do Império que sacrificassem aos deuses imperiais, sob a pena de execução, caso se recusassem. No entanto, apesar do zelo com que Diocleciano perseguiu os cristãos na parte oriental do Império, seus co-imperadores do lado ocidental não seguiram estritamente seus éditos, o que explica que cristãos da Gália, da Espanha e da Britânia praticamente não tenham sido molestados.

A perseguição continuou até que Constantino I chegasse ao poder e, em 313, legalizasse a religião cristã por meio do Édito de Milão, iniciando-se a Paz na Igreja. Entretanto, foi somente com Teodósio I, no final do século quarto, que o cristianismo se tornaria a religião oficial do Império.

Edward Gibbon, em seu Declínio e Queda do Império Romano, estima que o número de mortos nesta última perseguição tenha chegado a mil e quinhentos, “num sacrifício anual de 150 mártires”.

[editar] Perseguição fora do Império Romano (até o séc. V)

[editar] Entre os persas

Em virtude das hostilidades entre o Império Romano e o Império Sassânida, os cristãos acabaram por ser perseguidos pelos persas a partir do ano 337, por serem tidos como traidores amigos de uma Roma cada vez mais cristianizada. Em 341, Sapor II ordenou o massacre de todos os cristãos na Pérsia.

[editar] Entre os godos

Nos séculos terceiro e quarto, missionários cristãos (especialmente Ulfilas) levaram muitos godos à conversão ao cristianismo ariano. Isto provocou uma reação em favor da religião gótica. Assim, o rei gótico Atanarico iniciou uma política de perseguição aos cristãos, levando muitos deles à morte[7].

[editar] Perseguição Hindu aos cristãos da Índia Ver artigo principal: Violência anticristã na Índia


Uma menina cristã que foi queimada durante violência religiosa em Orissa[8]

Na Índia, há um aumento na quantia de violência perpetrada por Nacionalistas Hindus contra cristãos, reproduzindo os princípios que assentam os conflitos religiosos: duas crenças distintas.[9] o aumento da violência anticristã na Índia tem uma relação direta com a ascendência do Partido Bharatiya Janata (BJP).[10] Incidentes de violência contra os cristãos têm ocorrido em muitas partes da Índia. É especialmente prevalente nos Estados de Gujarat, Maharashtra, Uttar Pradesh, Madhya Pradesh e Nova Deli.[10] O Vishva Hindu Parishad (VHP), o Bajrang Dal, e os Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS) são as organizações mais responsáveis pela violência contra os cristãos.[11] Essas organizações, muitas vezes referidas coletivamente sob o nome de sua organização encoberta, o Sangh Parivar e meios de comunicação locais estaiveram envolvidos na promoção de propaganda anticristã em Gujarat.[11] O Sangh Parivar e organizações relacionadas afirmaram que a violência é uma expressão de "raiva espontânea" de "vanvasis" contra "conversões forçadas" através de atividades realizadas pelos missionários. Estas alegações foram contestadas pelos cristãos[12] descrito como uma crença mítica[13] e propaganda por Sangh Parivar;[14] os objetos Parivar em qualquer caso, todas as conversões como uma "ameaça à unidade nacional"

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